Critica: Garota Exemplar.

Oi oi gente!
Já vou avisando, se ainda não viu o filme, pula fora que o texto tem spoilers!
Well, avisados, vamos nós =D


Garota Exemplar conta a história de uma casal completando 5 anos de casamento. Nick Dunne e Amy Dunne. Amy era uma escritora de livros infantis, a famosa série Amy Exemplar e então os dois começam um relacionamento que vai de vento em poupa, quando se casam, a mãe de Nick fica muito doente e os dois se mudam para cuidar dela, e Amy praticamente abandona sua vida pelo marido. O tempo passa e a mãe de Nick morre e os dois continuam levando uma vida pacata de subúrbio.
Nick é dono de um bar com sua irmã, gêmea Margo e os dois vivem aos tombos cuidando de seu problemático pai.
Nos aniversários de relacionamento dos dois, Amy costumava organizar "caça ao tesouro" com o marido, levando o de pista em pista até que ele encontrasse seu presente, porém no aniversários de 5 anos, Nick realiza seu ritual matinal de ir a um lugar tranquilo pela manhã para beber e ler o jornal, porém quando retorna, Amy desapareceu e ele encontra a casa em uma cena que pressupõe um sequestro, Nick, assustado, chama a polícia e entram na história a brilhante detetive Rhonda Bonney.
Logo ao entrar na casa, percebemos que Rhonda está desconfiada de muita coisa, porém ela pouco fala.
Então, cada vez mais começam a se criar problemas para Nick: Ele acha cartas escritas por Amy e percebe que não se trata de um simples sequestro, e sim de uma caça ao tesouro, mas que tesouro seria essa?
Ao longo do filme, conforme Nick vai atingindo os passos orquestrados por Amy, ele vai
descobrindo novas pistas e descobre que Amy sabia sobre o caso extraconjugal e começa a ficar com uma pulga atrás da orelha. Rhonda começa a descobrir várias coisas e a final, e que mais cria problemas para Nick é um diário escrito por Amy. Diário esse que relata que o casamento do dois não estava indo tão bem quando parecia, relata que Nick era agressivo com Amy, mostra o desejo de Amy ser mãe e então o mais chocante: Amy estava grávida.
Rhonda mentem-se imparcial, agraciando Nick com o benefício da dúvida o até o momento em que ela acha o diário, mas daí a porra fica séria, porque a pressão que o povo faz em Nick, apoiado/guiado pela mídia sensacionalista, os provas inquestionáveis que vão surgindo agora o diário de Amy, vemos Nick chegar, no meio do filme, a resolução do crime e então corre um plot twist FODA que nos deixa de boca aberta e o filme começa a ser contato por outro ponto de vista: o de Amy e ai as coisas começar a ficar assustadoramente provocantes e caminhamos para um chocante desfecho, que embora já relevado, nos assusta cada vez mais.
Vemos que ninguém nessa história é inocente e nos deparamos com uma dar melhores e mais agradáveis surpresas dos últimos tempos: a assustadora atuação de Rosamund Pike no papel de Amy, uma personagem tão visceral quanto Gleen Close em Atração Fatal ou Rebecca de Mornay em A Mão que Balança o Berço! A britânica Rosamund sempre era coadjuvante em filmes como 007 Um Novo Dia Para Morer, Orgulho e Preconceito e Educação, porém ela nunca havia sido realmente notada. Gone Girl a catapultou ao centro de Hollywood.
O filme é mais uma aula de direção do mestre contemporâneo David Fincher (que já brindou o mundo com obras como Clube da LutaSevenO Quarto do Pânico e Zodíaco )  e conta com ótimas personagens que nos fazem refletir sobre muitos aspectos. Sei que a maioria da galera quando leu Ben Affleck já pesou em correr, inclusive eu, mas ele está muito bem! Não sei se a personagem que o cai como uma luva ou se de fato ele é um bom ator (coisa que vou analisar mais aberto as possibilidades a partir de agora), mas ele está muito bem nesse filme. Kim Dickens está excepcional na pele da detetive Rhonda. A personagem por si só já é ótima, mas Kim deu o tom necessário para que a personagem fossa boa. Temos ainda Neil Patrick Harris (que queira Deus nunca mais apresente o Oscar) fazendo um dos ex-namorados de Amy que é obcecado por ela e com quem ela teve um fim de relação mega conturbado e Missi Pale que faz uma repórter sensacionalista séria, mas acho Missi tão cômica que acho que ela traz uma leveza ao filme que é extremamente denso.
A fotografia do filme é divina assim como sua trilha sonora que assombra e deixa o filme tenso nos momentos certos, casando perfeitamente com as cenas. O roteiro é magistralmente assinado por Gillian Flyn que também é autora do livro e manteve o final original do mesmo, coisa que muito foi comentada, já que foi muito polêmico por ser controverso e diziam que "não iria funcionar da telona". Mas então, temos David Fincher, o rei do final frustrante que sempre pega uma frustração e faz mágica, e isso aqui se repete e então temos uma fórmula quase impossível de dar errado e não deu: direção de mestre, roteiro bem construído e atuações assombrosas, eu lhes apresento Garota Exemplar.

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