Cinco Filmes de Ação (de gosto duvidoso) Protagonizados Por Mulheres Que Merecem Uma Revisita.

Título tão peculiar quanto o tema da lista, não é mesmo?

Eu consumo cinema a muito tempo. Eu vivia nas, hoje falecidas, vídeo-locadoras e o setor de filmes que eu menos visita era o de ação. Eu sempre tive um "ranço" inerente a mim que me impedia de conseguir me conectar, de simpatizar com histórias protagonizadas por homens e como esse é o público alvo dos filmes de ação raramente eu achava algo que fosse me interessar, porém haviam algumas poucas exceções.
   Entenda, nos anos 2000 era muito difícil um estúdio investir em um filme protagonizado por mulheres, haviam poucos e dentro desses poucos, haviam menos ainda os que eram sucesso.
Então eu tinha que me contentar com o que eu encontrava, e as vezes haviam agradáveis surpresas, veja, não disse bons filmes (mesmo que "filme bom" seja um conceito questionável), mas filmes que me agradavam, mesmo eu conseguindo já naquela época notar os erros, mas acabavam por me agradar, então eu decidi revisitar alguns filmes nostálgicos (e um recente que entrou nesse mesmo grupo "seleto" de filmes) e indicar a vocês, não por achar que são obras que todo mundo deve ver ou que quebraram paradigmas do cinema, mas imagina que interessante se ele despertar em vocês o mesmo que desperta em mim? (meio cafona tudo isso né? uma desculpa muito longa e acadêmica para mascarar o real motivo: vou indicar 5 podreiras que por motivos que eu não sei explicar, eu amo).

Do mais antigo para o mais recente:



Lançado em 2000, foi dirigido pelo estreante McG, que na época era diretor de vídeo-clipes com um trabalho reconhecido no meio e recentemente foi diretor do A Babá comédia/terror original netflix de 2017, o filme é uma adaptação da série de sucesso dos anos 70 de mesmo nome (que eu até já comentei por aqui numa publicação a mil anos atrás) e conta a história de um trio de investigadoras de uma empresa que é mantida por um milionário misterioso que nunca mostra seu rosto.
No filme, o trio de panteras do filme é composto por Natalie, Dylan e Alex (interpretadas por Cameron DiazDrew Barrymore e Lucy Liu respectivamente) que são contratadas por uma mulher cujo sócio, o criador de uma tecnologia que pode localizar qualquer pessoa no mundo pela voz, foi sequestrado e se essa tecnologia cair em mãos erradas pode ser um verdadeiro caos!
A história é bem sessão da tarde, super leve (principalmente em tempos que vivemos hoje, isso é bem vindo) e conta com um plot twist interessante. O filme conta com umas cenas de ação bem coreografadas e muito mais críveis do que a galhoafada sem cabimento que foi o segundo filme As Panteras: Detonando que foi lançado três anos depois (que, aliás, é uma trashzeira de respeito que eu amo).
Mas desse eu sei explicar o motivo pelo qual eu amo: além de ele não ser um filme completamente incompetente, pois dá realmente para se divertir com ele, esse foi o primeiro filme protagonizado por mulheres que vi, então tem também o fator nostalgia.



Depois que o primeiro filme Lara Croft: Tomb Raider havia feito relativo sucesso de público, dois anos depois a deusa Angelina Jolie aceitou voltar para uma continuação, já deixando claro que seria o último filme da franquia que ela faria, pois ela nunca gostou de fazer continuações de seus filmes. Eis que em 2003 surge o segundo filme, dirigido por Jan de Bont, que conta a história da renomada arqueóloga Lara Croft tentando encontrar a "Caia de Pantora", sim aquela da mitologia grega que é, basicamente, a origem de todos os males da terra, antes que um cientista lunático que está procurando o encontre.
Tirando o irritante ~sotaque~ britânico de Angelina, o filme é um thriller de investigação com algumas cenas de ação que exploram todo o potencial de Angelina que é incrível em filmes de ação. Uma das musas da época que estrelou vários outros filmes de ação como por exemplo SaltO Procurado e sr. e sra. Smith.



Depois da desgraceira cinematográfica que havia sido o infame filme da Mulher-Gato da Halle Berry (foi a primeira mulher negra a ganhar um oscar na categoria de Melhor Atriz e depois ganhou um framboesa de ouro de pior atriz por Mulher-Gato e foi receber a framboesa de ouro na cerimonia segurando seu oscar, aqui tem o vídeo desse momento ICÔNICO) no ano anterior, eu não sei como aconteceu mais aconteceu: iria produzir mais um filme adaptação de histórias em quadrinhos protagonizado por uma personagem feminina.
Dirigido por Rob Bowman, cujo trabalho eu já conhecia dos episódios da série Arquivo X que ele havia dirigido, dessa vez a personagem  Elektra, que já havia aparecido no filme Demolidor: O Homem Sem Medo, dois anos antes e havia morrido, é trazida de volta a vida por um mestre na arte marcial do kimagoue. Depois de ser treinada pelo mestre que a trouxe de volta a vida, ela é expulsa da escola dele e torna-se uma amargurada assassina de aluguel.
Um dia ela recebe a missão de matar Abby, uma adolescente em quem Elektra se enxerga. Conforme ela se aproxima, ela nota que não é a única pessoa tentando matar a garota e seu caminho cruza com o da Mão Negra, uma organização de meta-humanos, que também querem a morte da menina. Por razões que Elektra desconhece, seu envolvimento com a garota e seu pai fazem Elektra mudar de posição de assassina a protetora da menina conforme ela vai se aprofundado na trama.
Primeiro filme de ação estrelado por uma mulher que vi no cinema, Elektra tem um roteiro com alguns furos, de fato, porém é uma história que com a devida suspensão de descrença, rende um ótimo entretenimento. 



Dirigido por Karyn Kusama, diretora dos cult classics Boa de Briga e Garota Infernal, o filme é uma adaptação da louca animação (assim como todas) da MTV de mesmo nome. A protagonista, numa interpretação da sempre maravilhosa Charlize Theron, vive em num futuro distópico no ano de 2415 num mundo que foi devastado por uma doença e que reduziu os poucos sobreviventes em Bregna, uma sociedade aparentemente sem problemas que vive sob um governo centralizado e totalitarista. Æon faz parte de um grupo de rebeldes que está investigando uma série de desaparecimentos que vem acontecendo. Conforme a investigação vai desenrolando, ela vai descobrindo os segredos do passado daquela sociedade.
Tem furos no roteiro? vários. Tem algumas arestas que a gente precisa usar a ~imaginação~ para tapar, porém eu realmente gosto das cenas de ação, as lutas são muito bem coreografadas e a direção de arte também me chama muita atenção. Charlize se dedicou muito ao projeto, ela fez praticamente todas as suas cenas de ação sem uso de dublês, durante uma das filmagens, ela caiu de um modo que causou uma lesão permanente em uma vértebra e ela precisou passar por uma cirurgia no pescoço.





O anúncio só trazia boas notícias: Linda Hamilton ia voltar para a franquia no seu icônico papel de Sarah Connor, era o primeiro filme da franquia que contaria com o envolvimento de James Cameron desde o clássico Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final e teria na direção Tim Miller que havia feito um trabalho bem competente em Deadpool.
Eis que o filme foi lançado e foi massacrado pela crítica e o público também não gostou muito da ideia, mas eu amei! 
O filme conta a história de uma mexicana vivendo nos EUA que começa a ser perseguida por um robô enviado do futuro para matá-la enquanto uma super-humana veio do mesmo futuro para salvá-la. Durante a fuga das duas, ela encontram Sarah Connor que, desde que conseguiu evitar o dia do julgamento, monitora, com o auxílio de um misterioso informante, os locais de datas onde os exterminadores vão aparecer e os caça, motivada por uma tragédia que aconteceu em seu passado. 
Ok, desde o segundo filme da franquia, todos os demais sempre contavam a mesma história. Eu dei o braço a torcer e defendo esse filme por alguns motivo específicos, como por exemplo o fato de que o filme conta com quatro personagens centrais, dos quais três são mulheres, sendo uma delas uma mulher de 60 anos, que por sinal é um dos maiores ícones da história do cinema de ação! As sequencias de ação são incríveis e os efeitos especiais são bem ok.
Eu gosto muito, porém a recepção do filme foi tão ruim que fez Linda Hamilton garantir que nunca mais voltará a franquia.

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