Do Começo Ao Fim.
*Esse texto está repleto de spoilers!*
Você já ouviu falar do filme nacional Do Começo Ao Fim?
Lançado em 2009 com direção de Aluizio Abranches, diretor de obras como Um Copo de Cólera e As 3 Marias (que eu gosto bastante) que já nos mostravam que o diretor tem um gosto, digamos, peculiar quando escolhe as obras que vai dirigir e quando escreve suas obras, o filme conta com um elenco incrível e aborda um tema tabu: incesto homossexual.
A história acompanha Francisco, interpretado por João Gabriel Vasconcellos e Thomás, interpretado por Rafael Cardoso (nas fases adultas dos personagens).
A história começa na infância dos dois. Francisco o irmão mais velho e Thomás o mais novo, sempre foram muito unidos. Filhos de Julieta (Julia Lemmertz), Francisco é filho do ex-namorado argentino de Julieta e Thomás é filho de Alexandre (Fábio Assunção), atual marido de Julieta.
Desde a primeira infância, nota-se que os dois são muito próximos. Todos ao redor de Julieta notam e alertam a ela. Em determinado momento, ela tenta conversar com Francisco, ela questiona se ele tem algo para contar para ela, porém ele não conta.
A história segue com Julieta fingindo que não sabe o que está acontecendo enquanto nota-se nitidamente que o afeto dos irmão está se tornando uma relação de desejo. Julieta morre precocemente quando Francisco e Thomás estão no começo de sua vida adulta e Alexandre vai embora deixando os dois morando sozinhos, deixando claro que sabe de tudo e que "está na hora deles morarem sozinhos". Sim, assim mesmo como se fosse a coisa mais normal do mundo.
A história tenta explicar essa normalização pelo dato de que a família sempre foi "pra frente", como por exemplo, o fato de que Rosa (interpretada por Louise Cardoso) ser babá e uma ótima amiga de Julieta, mesmo sendo ela ex namorada de Alexandre, ou o pai de Francisco que frequenta a casa de Julieta e a própria Julieta, sendo médica, é apresentada como uma mulher de "mente aberta".
Entenda, a crítica que faço não é pelo fato da temática aborda no filme, o incesto, pois existem obras que abordam o tema que eu gosto, por exemplo o drama Pecados Inocentes, mas o problema é o modo preguiçoso como o roteiro lida com a história. A trama não tem conflito NENHUM! Os dois são ricos, a família aceita (ou prefere não ver) a relação dos dois e a história dos dois é completamente fetichizada, o que também não tem problema. É um fetiche que eu acho esquisito, porém cada um sabe de sua vida, o problema é quando um diretor/roteirista se propõem a fazer um filme sobre um tema que renderia discussões muito boas e grandes, mas lida de uma forma covarde e que não tem absolutamente nada a acrescentar. Chega a ser ridículo como o filme relata uma história de incesto homossexual se passar sem nenhum conflito, e não digo nem conflito interno, digo entre os protagonistas mesmo, que não tem nem de quer um momento de dúvida ou auto avaliação sobre aquela relação.
Tão sem finalidade que o filme é que a própria campanha de marketing o chamava de "filme fetiche". Basta das um google que você verá a forma meio, digamos, bizarra, com a qual o filme foi vendido na época.
Conta com bons atores, porém o filme não tem nenhuma atuação que se destaque, até porque os pobres atores nem tinham material suficiente para entregar atuações memoráveis. O filme lida de uma forma linear e, como dito antes, sem conflitos, a exceção de uma parte próxima ao final quando um deles é chamado para ir para a Rússia treinar o esporte que pratica, porém resolve-se tudo rapidamente, pois como também dito anteriormente, os dois são ricos.
Chega a ser meio revoltante quando o filme acaba, em um corte seco e ficamos com cara de idiotas olhando para a tela pensando "eu não acredito que perdi 1h40 da minha vida". é tão sem sal que nem mesmo as cenas de sexo quase explícito entre os dois lindos homens que protagonizam o filme conseguem ser empolgantes.
Caso você tenha esse tempo da sua vida para desperdiçar, o filme está disponível completo no youtube. Se você for cinéfilo não será de todo mal, afinal esse filme é uma aula de como não se deve escrever um roteiro.
A história segue com Julieta fingindo que não sabe o que está acontecendo enquanto nota-se nitidamente que o afeto dos irmão está se tornando uma relação de desejo. Julieta morre precocemente quando Francisco e Thomás estão no começo de sua vida adulta e Alexandre vai embora deixando os dois morando sozinhos, deixando claro que sabe de tudo e que "está na hora deles morarem sozinhos". Sim, assim mesmo como se fosse a coisa mais normal do mundo.
A história tenta explicar essa normalização pelo dato de que a família sempre foi "pra frente", como por exemplo, o fato de que Rosa (interpretada por Louise Cardoso) ser babá e uma ótima amiga de Julieta, mesmo sendo ela ex namorada de Alexandre, ou o pai de Francisco que frequenta a casa de Julieta e a própria Julieta, sendo médica, é apresentada como uma mulher de "mente aberta".
Entenda, a crítica que faço não é pelo fato da temática aborda no filme, o incesto, pois existem obras que abordam o tema que eu gosto, por exemplo o drama Pecados Inocentes, mas o problema é o modo preguiçoso como o roteiro lida com a história. A trama não tem conflito NENHUM! Os dois são ricos, a família aceita (ou prefere não ver) a relação dos dois e a história dos dois é completamente fetichizada, o que também não tem problema. É um fetiche que eu acho esquisito, porém cada um sabe de sua vida, o problema é quando um diretor/roteirista se propõem a fazer um filme sobre um tema que renderia discussões muito boas e grandes, mas lida de uma forma covarde e que não tem absolutamente nada a acrescentar. Chega a ser ridículo como o filme relata uma história de incesto homossexual se passar sem nenhum conflito, e não digo nem conflito interno, digo entre os protagonistas mesmo, que não tem nem de quer um momento de dúvida ou auto avaliação sobre aquela relação.
Tão sem finalidade que o filme é que a própria campanha de marketing o chamava de "filme fetiche". Basta das um google que você verá a forma meio, digamos, bizarra, com a qual o filme foi vendido na época.
Conta com bons atores, porém o filme não tem nenhuma atuação que se destaque, até porque os pobres atores nem tinham material suficiente para entregar atuações memoráveis. O filme lida de uma forma linear e, como dito antes, sem conflitos, a exceção de uma parte próxima ao final quando um deles é chamado para ir para a Rússia treinar o esporte que pratica, porém resolve-se tudo rapidamente, pois como também dito anteriormente, os dois são ricos.
Chega a ser meio revoltante quando o filme acaba, em um corte seco e ficamos com cara de idiotas olhando para a tela pensando "eu não acredito que perdi 1h40 da minha vida". é tão sem sal que nem mesmo as cenas de sexo quase explícito entre os dois lindos homens que protagonizam o filme conseguem ser empolgantes.
Caso você tenha esse tempo da sua vida para desperdiçar, o filme está disponível completo no youtube. Se você for cinéfilo não será de todo mal, afinal esse filme é uma aula de como não se deve escrever um roteiro.
Comentários
Postar um comentário