Cinebiografias Sobre Mulheres Incríveis.



Terra Fria, 2005.
Dirigido por Niki Caro (que irá dirigir o live action de Mulan), o filme traz a sempre maravilhosa Charlize Theron no papel de Josey Aimes, mãe solo que precisa sustentar o filho nos conservadores anos 70/80, então ela consegue um emprego em uma mina de ferro. O trabalho é pesadíssimo, porém o salário é bom e ela acha que "compensa", até que ela é assediada moral e sexualmente e quando ela reclama para os responsáveis ela é negligenciada, então em 1984 ela entra com o primeiro processo por Assédio Sexual da história dos EUA indo atrás das mulheres que sofreram o mesmo horror que ela para irem juntas atrás de justiça, é uma aula sobre sororidade!
Além de Charlize, há também Frances McDormand (como sempre) dá aula de atuação no papel de Glory, mulher que sofre com o mesmo drama Josey, além de enfrentar uma doença causada pelo trabalho nas minas que a fazem atrofiar. 



Elis, 2016.
Dirigido por Hugo Prata, a cinebiografia de Elis Regina, umas das maiores vozes da história do Brasil acompanha o começo da carreira da pimentinha até sua morte passando por seus maiores clássicos. Andreia Horta reencarnou Elis, ela está simplesmente PERFEITA no papel, chega a ser arrepiante, além de ser maravilhoso podermos revisitar a história dessa que foi uma das maiores mulheres da história do Brasil ao som dos seus maiores clássicos.



Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento, 2000.
Dirigido por Steven Soderbergh estrelado por Julia Roberts, na interpretação que lhe rendeu o óscar de melhor atriz, ela dá vida a Erin, uma mãe solo que precisa sustentar seus três filhos nos anos 90. Ela consegue emprego em um escritório de advocacia como secretária de um advogado e então ela descobre que uma empresa local vem contaminando a água de uma região da cidade o que está causando doenças aos cidadãos que consomem aquela água, então ela começa a reunir provas contra a grande empresa e embarca em uma luta por justiça contra pelas famílias que foram prejudicadas.



Eu, Tonya. 2017.
O filme mais recente dessa lista é dirigido por Craig Gillespie, o filme traz Margot Robbie no papel da ex-patinadora e ex-pugilista Tonya Harding, estrela da patinação no gelo dos anos 80 e 90 que teve sua carreira destruída quando seu nome foi envolvido no ataque à patinadora Nancy Kerrigan. O filme explora as conturbadas relações entre Tonya e sua mãe LaVona Golden (na MAGNÍFICA interpretação de Allisson Janney) e de Tonya com seu marido extremamente abusivo Jeff Gilloly. 
A narrativa do filme é muito inovadora o que deixa o filme magnífico, definitivamente um dos melhores filmes de 2017.



Joana D'arc, 1999.
Dirigido por Luc Besson, a cinebiografia traz Milla Jovovich no papel de Joana D'arc, camponesa francesa analfabeta de 17 anos (há controvérsias quanto a essa informação) que convence o rei da França em plena Guerra Dos Cem Anos que ela é uma enviada de Deus que irá liderar o exército da França para a libertação francesa do domínio inglês e pôr fim na guerra. Louco né?



Olga, 2004.
Dirigido Jayme Monjardim, o filme conta a história de Olga Benário, alémã judia e comunista que, durante a Segunda Guerra Mundial embarca em uma missão para trazer ao Brasil, em segurança, Luiz Carlos Prestes que estava na Rússia em um congresso do partido comunista Russo e durante a missão, os dois acabam se envolvendo e Olga resolve ficar no Brasil ao lado de Prestes para tentar fazer a revolução comunista no Brasil.
Na interpretação mais magnífica de sua carreira, Camila Morgado nos faz chorar como crianças em várias cenas desse filme que é sensacional e prova que o cinema nacional é sim muito bom. Conta também com interpretação esplendidas de Caco Ciocler, Fernanda Montenegro e Eliane Giardini.



Tina: A Verdadeira História de Tina Turner, 1993.
Dirigido por Brian Gibson, Angela Bassett dá vida a diva da música Tina Turner durante o início de sua carreira e focado em sua relação com seu marido, o extremamente abusivo Ike Turner, com quem além de casada, ela fazia dupla musical. É visceral, Angela está incrível no papel de Tina e a evolução da personagem nos faz imergir naquela história a tal ponto que sofremos com ela tudo o que ela passa. É um filme muito forte, provavelmente o mais "agressivo" dessa lista.



Zuzu Angel, 2006.
Dirigido por Sergio Rezende, o filme conta com Patrícia Pillar (que pra mim, hoje, ao lado de Glória Pires, é a melhor atriz do Brasil) interpretando Zuzu, estilista brasileira que tem seu filho, militante que lutava contra a ditadura militar, assassinado nos anos 70 e resolve desafiar os militares para fazer justiça por seu filho e descobrir o que os torturadores fizeram com seu corpo.
Um retrato magnífico de uma das forças mais poderosas que move uma mulher: o amor de mãe, e também um quadro chocante do que era o Brasil nos anos 70, os anos de chumbo. Zuzu, ao contrário de Olga, não era uma mulher movida por seus ideais, mas sim uma mãe que procura desesperadamente saber o que fizeram com seu filho.
Patrícia dá um show de atuação, junto com Daniel de Oliveira, Leandra Leal, Ângela Vieira  além de uma participação especial da saudosa diva Elke Maravilha.



Frida, 2002.
Dirigido por Julie Taymor, é a cinebiografia em que Selma Hayek dá vida a diva suprema Frida Kahlo Nada mais precisa ser dito. Se você ainda não assistiu, corra agora mesmo fazer esse favor a si.




Silkwood, o Retrato de uma Coragem, 1983.
Dirigido por Mike Nichols e estrelado pela musa suprema do cinema Meryl Streep, narra a história de Karen Silkwood, funcionária de uma fábrica de componentes nucleares em uma pequena cidade do interior dos EUA. Seus dramas pessoais, filhos, amores e a trajetória de simples funcionária a representante do sindicato local, eis que então em sua luta pela saúde e por melhores condições de trabalho para os funcionários da fábrica, Karen acaba descobrindo alguns "segredos sujos"  que os poderosos proprietários escondiam e colocando assim em risco sua vida e de todos ao seu redor.
Dizer que Meryl Streep está maravilhosa é chover no molhado e o filme conta também com uma interpretação magnífica de Cher.



Frances, 1982.
Dirigido por Graeme Clifford, o filme trás a também magnífica Jessica Lange dá vida a Frances Farmer, uma jovem de 16 anos que vive em Seattle, no início dos anos 30, quando a Grande Depressão atingia o país e propiciava o surgimento de correntes políticas com tendência ao comunismo. Frances ganha um concurso literário nacional com o ensaio "Na Década de 30", em que uma promissora atriz é destruída pelo sistema e por sua mãe por ter "negado Deus". Logo os mais conservadores tentaram passar a ideia de que era um texto muito elaborado para uma jovem e que provavelmente teria sido escrito pelos comunistas, mas Frances não dá importância. Com o passar dos anos se tonou uma atriz de teatro.Ela ganha uma viagem até a Rússia, o que a deixa bem entusiasmada, pois na volta passará em Nova York, onde ela pretende conseguir 
algum papel na indústria cinematográfica. Mas sua mãe, Lillian (Kim Stanley), que está ficando autoritária, diz que ela está sendo usada pelos grupos de esquerda. Frances viaja e, além da fama de atéia, agora também é chamada de comunista. Ao retornar consegue estrelar "Meu Filho é o Meu Rival", mas aos poucos se desentende com os executivos de Hollywood e sua vida se torna um inferno.
Além de ser outra aula sobre interpretação e contar a história de uma mulher fortíssima, Frances é um filme que se faz muito atual nos dias de hoje, na nossa sociedade onde ou você é de "esquerda" ou de "direita", sendo encaixado no padrão sem nem mesmo ser questionado sobre isso e os problemas que essa dicotomia perigosa podem trazer a vida de uma pessoa.




Feud: Bette and Joan, 2017.
A série de Ryan Murphy dividia em 8 episódio conta a história da rivalidade história entre as lendas do cinema Joan Crawford e Bette Davis, interpretadas por Jessica Lange e Susan Sarandon (que está ASSUSTADORAMENTE igual a Bette Davis!).
Aborda temas como o preconceito contra o envelhecimento feminino em Hollywood e sobre como o machismo coloca mulheres umas contras as outras para dominá-las e, muitas vezes, lucrar com isso. É um retrato magnífico sobre misoginia, rivalidade feminina e o que esses dois cânceres da nossa sociedade fazem na vida das vítimas dele.

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