O que houve com Witness?

O quinto álbum de Katy Perry, Witness lançado em junho de 2017 foi considerado o maior flop de 2017 pois ele alcançou ótimos índices de vendagem quando foi lançado, porém logo em seguida as vendas despencaram e não reergueram-se mais. O que foi que deu errado?
Bem, a resposta é simples: Maturidade. 


Katy tem uma fanbase muito jovem fazendo com que ela seja considerada uma musa teen, o que de fato foi o alvo inicial de Katy. Seus álbuns anteriores foram metralhadoras de hits, em especial One of The Boys de 2008 e Teenage Dream de 2012 e eles eram direcionados a um público mais jovem, com letras recheadas de "segundas intenções" enquanto ela usava cabelos e figurinos mega coloridos, mas com Witness ela foi em uma direção bem diferente, ela manteve a sua áurea cômica como sempre, em especial no clipe de Swish Swishe a batida de suas música mantiveram-se no eletropop que ela emprega em sua obra desde seu segundo álbum, porém o que distancia essa obra das demais é o teor da músicas. Agora, ela não fala apenas de amor e festas, mas ela trás mensagens politicas, sociais e de empoderamento em sua musicas, coisa que ela não havia feito antes, e os fãs se espantaram com isso.
Katy não está apenas mais madura em suas letras, mas também em sua voz. Sempre foi criticada por ser péssima cantando ao vivo, porém agora ela conhece suas capacidades e sabe "até pode ir", ela agora sabe que notas consegue atingir e como deve portar-se no palco, então nota-se que as apresentações dela estão muito melhores do que, por exemplo, o fiasco que foi o ao vivo dela no Rock In Rio de 2011.
Mas se ela vem melhorando cada vez mais na qualidade, qual é o problema?
O problema se dá quando ela tenta desvencilhar-se da imagem de musa teen para alcançar um público novo, pois como a imagem já está estigmatizada, os fãs que gostam de sua fase mais jovem e colorida tendem a decepcionar-se com a nova fase, e quem não conhecia seu trabalho não sabe que agora ela está mais madura, pois ainda pensa tratar-se da garota semi-nua em cima de uma nuvem cor de rosa, além do mais vivemos em tempos onde tudo é muito descartável na indústria. Não se criam mais ídolos como Madonna ou Celine Dion que passaram anos no topo e ainda mantem-se relevantes depois de 30 anos de carreira. Hoje, quem ousa mudar e não fazer apenas música "farofa" é condenada ao flop e se quiser sair desse exílio deve retroceder e voltar às baladas chicletes que grudam na cabeça, o que também não tem problema, eu gosto de uma boa "farofagem", mas é triste ver que os ídolos pop não podem mais tocar em temas relevantes sem que suas carreiras fique manchadas. 
Esse pop que questiona, conhecido como Woke Pop, infelizmente já nasceu morto, o que é uma pena, pois ele é maravilhoso e mostra que poderíamos questionar coisas e ainda assim rebolar na balda mas parece que o povo não gosta de rebolar e pensar, prefere apenas dançar mesmo, e não é a primeira vez que artistas de primeira linha decaem em vendagens por tentar tocar em temas complicados, vide Madonna com American Life de 2003 e Lily Allen com seu Sheezus de 2014.


Minhas música favoritas do álbum são:


Chained To The Rhythm



Roulette



Déjà Vu



Bon Appétit

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