Review de Terror: A Bruxa de Blair.

Cara, eu tenho uma tendência a odiar filmes no estilo found footage. Sei lá, nunca me convencem, nunca gostei deles, a salvo dois: o primeiro (e o único bom da franquia) [REC] e o monstro, o icônico, o pioneiro A Bruxa de Blair.

A premissa é ótima: Estudantes de cinema que haviam ido para uma floresta em Burkittsville fazer um documentário sobre uma lenda local desaparecem e uma ano depois do desaparecimento, fitas de vídeo que eles gravaram são encontradas e agora vem a público em forma desse filme que é uma "história real".

Cara, é divino o terror psicológico, que é o meu tipo favorito de terror, desse filme! Nós acompanhamos durante o filme o drama dos jovens que se perdem e com o tempo começam a ficar loucos e começam a acontecer coisas que durante todo o filme nos questionamos se é algo paranormal ou se é delírio dos jovens.

Na época do lançamento, o filme tornou-se o filme mais rentável da época, tendo custado 600 mil dólares para ser produzido, e lucrou 248,3 milhões de dólares, sendo até hoje o segundo filme de terror mais lucrativo da história, perdendo apenas pro Atividade Paranormal que custou 15 mil dólares e arrecadou 196,6 milhões (Mas ao contrário de Atividade Paranormal, A Bruxa de Blair é bom).

Na época do lançamento, a publicidade do filme garantia que eram reais as filmagens e até hoje se você for a uma vídeo locadora, o atendente te indicará dizendo tratar-se de um filme snuff. 

Você fica extremamente angustiado com esse filme pois além de você não saber se o terror é real ou apenas fruto da mente dos três que ficar perturbada ou se tudo aquilo é real, e a bruxa está lá para pegá-los, e se você for assistir o filme acreditando nisso, é bem provável que acredite, pois a atmosfera do filme é muito foda e tão real que não tem como ficar ileso a ela.

Embora não seja o primeiro filme no estilo found footage, (que foi A Última Transmissão de 1998) mas muitos dão esse crédito A Bruxa de Blair até hoje, pois foi ele que trouxe o gênero pro gosto popular. 

As atuações são muito convincentes, até porque a produção criava a atmosfera para os próprios atores, que quando se embrenharam na mata para gravar o filme não conheciam o roteiro todo e algumas cenas, como por exemplo quando estão dormindo na barraca e ouvem gemidos e alguém, ou alguma coisa, começa a mexer a barraca os atores não sabiam o que estava acontecendo. Eles ficavam no mato, obviamente com uma equipe socorrista a espreita, mas a comida e a água eram contado para abater ainda mais os atores, e a lenda em que o filme se baseia é real.
O marketing pegou tão pesado nessa questão de ser tudo real que os atores assinaram contratos comprometendo-se a não fazer nenhum filme ou grandes aparições públicas por no mínimo um ano após o lançamento do filme.

Eu super recomendo pra quem curte apavorar-se não com o visual, mas sim com o psicológico, minha nota, de zero a dez é nove!

Curiosidade: Você sabe o que define se um filme é rentável? 

Não é o quanto ele custa, mas sim o quanto ele tem de retorno. Para ser rentável, um filme deve ter um orçamento, de preferência baixo, e um retorno em bilheterias superando o gasto com a produção. Quanto menos o filme custar para ser feito e mais lucrar com bilheteria, mais rentável ele é.